No ambiente hospitalar, o psicopedagogo encontra sujeitos em sofrimento. Sua atuação deve começar com
a escuta atenta e sensível, buscando compreender não apenas os aspectos cognitivos, mas também as
experiências emocionais e sociais da criança ou adolescente. Antes de propor qualquer atividade
pedagógica, é preciso reconhecer o momento em que o paciente se encontra, respeitando seus tempos,
suas resistências e seus vínculos.
SEULE, Lucas; LEVA, Sabrina Camargo Silva. Psicopedagogia: teoria e prática no contexto hospitalar.
Maringá: Unicesumar, 2021.
Uma psicopedagoga inicia atendimento com uma adolescente de 14 anos em tratamento oncológico.
Durante os primeiros encontros, a paciente evita conversas e atividades pedagógicas, expressando que “não
vê sentido na escola agora”. A profissional decide investir em momentos de escuta e pequenas interações
lúdicas. Considerando essa conduta, é possível afirmar que a psicopedagoga:
ALTERNATIVAS
Perdeu a oportunidade de reforçar a importância da escolarização, mesmo em situações de adoecimento.
Interrompeu a proposta pedagógica, substituindo-a por ações recreativas que não favorecem a aprendizagem.
Agiu de forma limitada, priorizando o aspecto emocional da adolescente e negligenciando a função educativa.
Deixou de cumprir seu papel ao não iniciar imediatamente o processo de recuperação dos conteúdos escolares.
Demonstrou sensibilidade ao respeitar o tempo da paciente, priorizando o vínculo e a escuta como base para a
intervenção psicopedagógica.
